quinta-feira, 4 de junho de 2009

Estética e comunicação na vida de:

Márcia Barreto

A minha relação com o conteúdo estudado nesta disciplina, foi diversificada. Em alguns momentos foi só fruição, em outros analisei a forma de formar, tinha também a questão do gosto. Esses conceitos passaram a fazer parte da minha cachaça. Ao avistar um outdoor, ou assitir um comercial de TV, ou qualquer outro tipo de publicidade, eu fazia e faço a leitura, baseado nestas teorias e lembrando sempre do grande companheiro do semestre "Pareyson". Até no cinema passei a analisar se determinado filme tinha ficado só na fruição, no gosto ou na formatividade. Foi importante levar a teoria para prática, desta forma conseguir uma visão mais criteriosa do mundo e da vida.





Camila França

Minha experiência com a estética começou muito antes de estudar a disciplina.... Outro dia fui a uma noite de queijos e vinhos, coisa de bacana, da Hight Society. Pensei, "vou me dar bem, comer queijo gorgonzola e tomar vinho "de grátis". Boba! Só eu pensava assim. Naquela euforia, aquela "chiquesa", eu, que só tinha tomado vinho São Jorge e Pérgola, começei a me espantar com as outras pessoas que estavam ali e a cada gole de vinho diziam: "humm, Carbernet Souvion", "Notas de pimentão e noz moscada". Putz! Pensei! Eu só conseguia sentir o cheiro do álcool. Tomava aquele vinho sem a menor pretenção de saber que uva, ou que nota de pimentão , açafrão ou qualquer ão tinha lá dentro.
Hoje sei que estava na fruição, tomando aquele vinho por tomar, desfrutando dele sem querer saber a forma. Ou um bom vinho, que tem toda uma tecné e é um conehcimento da forma de fazer que passa de geração em geração não pode ser considerado arte?
A estética acabou com meus momentos de fruição, de gozo e deleite, da recepção passiva. Pareyson, Monclar Valverde e todos os outros já são meu amigos e parceiros de análises de qualquer bem cultural.
Para você ver como a coisa é séria, recentemente comprei um DVD do filme "Quem quer ser um milionário", rapaz!, demorei uns dois meses para poder assistir o filme, tudo com o receio de me deixar levar pela fruição e não analisar o filme.
E isso, agora sou escrava da interpretação. Por isso, nada melhor que tomar um "mésis" como já dizia o trapalhão Mussum e encarar um filme, uma peça, enfim, tudo aquilo que tiver valor estético.

Foto Show Caetano Veloso no Canecão/RJ–Turnê Zii e Zie. Fotogra é arte?

Disponível em: pt.dreamstime.com

Márcia: Kamilê fiquei sabendo da nova turnê de Caetano Veloso, para divulgação do novo DVD, pelo que percebi ele deu uma repaginada no seu estilo. Abriu mão das roupas tradicionais e serias, passando a usar roupas mais jovens, a exemplo da calça jeans. O pop star quer sempre inovar e manter no alto escalão da cultura.

Camila: Olha Marcinha, ele pode até ser chique mas, essa eu só encaro com uma cachaça, aquela que tem a cobra dentro. Affffffffffffff, por isso que chamam de aguardente. Ta ardente tudo aqui, rsrsrsrsrsrs...
Vou confessar uma coisa, sei que ele vai passar por aqui esse final de semana, mas a grana ta curta e não vai dar para ir ao show dele. Soube que este CD está tão ou mais revolucionário que o último, o CÊ. Ele agora ta numa pegada mais Rock’n’Roll.
Sempre gostei de Caetano, mas nunca tive a oportunidade(R$) de ir vê-lo. Esta fotografia mesmo tem um valor estético danado. Isso por que com a reprodutibilidade técnica os bens culturais ficaram mais acessíveis, mesmo que alguns pensadores apocalípticos, digam que a cultura de massa já é má desde a sua concepção. Ora....

Márcia: Quem mais um gole?

Camila: Porra!!! Márcia, tava indo tão bem... Mas, me dá aqui.Glut!! Glut!!! Glut!!! Continuando. Se formos pensar como os apocalípticos, só é arte aquilo que é aristocrático, a obra de arte intocável e apenas para quem tem dinheiro. Só é arte a música tocada por Caetano no show que ele faz em determinado lugar, porque é único, a unicidade............. Desce mais um....

Márcia: Tem que tomar com a cobra, mesmo!!! É muita viagem, mas a cachaça dos caras é boa! São vários pensamentos a cerca do que é arte. Como você falou os apocalípticos pensam de uma forma os integrados de outra, e para completar trago nosso grande Kante para participar. Ele diz que arte é um objeto construído. Pensando por essa linha o show de Caetano pode ser considerado arte, pois ao olharmos para foto, percebemos que tudo é construção. O fundo do palco traz uma iluminação pensada para ficar uma parte azul e outra escura- preta, e uma cor clara e forte em Caetano durante a apresentação. A forma em que ele fica em pé e coloca as mãos, tudo é pensado para dar vida ao show. Mas é importante ressaltar que o interpretante deve ter bagagem cultural para analisar se este objeto tem valor artístico ou não. Como é possível uma pessoa que nunca teve contato e não acompanhou a trajetória de Caetano Veloso, interpretar como sendo arte a apresentação dele? Para está pessoa Caetano Veloso é um cantor, que fala para outros e não para ele.

Camila: Pois é, o que uma pessoa considera arte depende daquilo que ela “consome” culturalmente. Como fala Eco, meu brother, Humberto eco, a distinção de valor estético vem da experiência de recepção de cada um.O show de Caetano não perde a aura, a unicidade da obra por conta da fotografia e dessa reprodutibilidade. Ver uma fotografia, e estar de em um show de Caetano não é a mesma coisa não perde a aura, a autenticidade da obra, ela é transferida para a fotografia................................. Ta ficando sério d + isso...................o que quero dizer é que o show dele é o show dele, vai ter sempre um valor de culto para mim que o admiro.
2 a 1 para mim viu Márcia. Broquei................hahahahahahhahahahahahahahhaha


Márcia: Rapaz, vc foi fundo agora viu!!!!! Mas essa cachaça toda me deixou dooooooooooooida , Ufaaaa! Vamos finalizar Camila.

Camila: Ainda tem mais uma...

Márcia: Uma o que, análise?

Camila: Uma com limão e mel, vai?

Márcia : Eu vou , mas em casa, porque quero acompanhamento.

Camila: Oxi! Que acompanhamento?

Márcia: Calabresa e ovo, para degustar

Camila: hummmm, acho que não estou bem

CHAMA RAULLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

Ed Motta - You're supposed to- Arte como fruição


You’re supposed to – Ed Motta

Disponivel em: http://www.youtube.com/watch?v=G8WQcyHaIw0

Márcia: Já to pra lá de Bagdá!!!!!!!! Mas, essa é show!!!! Que música gostosa. Essa é para curtir de olhos fechados, na varanda de casa, tomando aquele Martini duplo, ou Cortezano quando o din din está curto. É claro que com aquela cereja, né.

Camila: Glut!! Glut!!! Glut!!! Hummmmmm!!! Você disse tudo viu, Marcinhaaa!! Martini. Êta bebida boa retada, docinha. Vc bebe que nem sente, só bebe e se deleita.... Ui, já to ficando grog... Esse cara, Pareyson nos persegue viu!!! Acho que consigo, ainda da para mais uma filosofadinha. A experiência estética como forma de ação e não de contemplação passiva....
Broquei....
Disponível em: pt.dreamstime.com
Ed Motta é o cara, ouço essa música e não penso em nada, nadika da silva. Fecho os olhos e viajo no som. Êpa, parece até que usei um baseado... vixe!!!! Compreendo de forma espontânea essa música. Deixo fruir, me deleito. Não quero saber de métrica, de afinação, letra de música, nada, quero curtir o som, pois me agrada, eu gosto.

Márcia: Só mais um gole para fruir melhor. Desfrutando do som sem separar a forma e o conteúdo. Êta Martini bom. Tem nada para comer nessa porra não?!!!!!









CD Malu Magalhães - Gosto



Disponivel em: www.cooperdown.net


Camila: Hummmmm, essa aí só desce com um Campari, aquele, do vermelho. Viiiiiixe!!!
Só provando mesmo para dizer que não gosto. E o pior, todas as pessoas que estão ao meu redor, O-D-E-I-A-M; Camapari é froid.

Márcia: Rapaz, até que tentei tomar. Dizem que é chique, gosto apurado. Mas, meu fígado e meu paladar disseram outra coisa: amargo e forte que só o diabo.
Disponível em: www.zombie6.ro
Camila: Assim é Malú Magalhães para mim, um Campari: sem goooooosto! Só ouvia falar dessa garota de 15 anos, febre no My Space, revolucionária, hype e blá blá blá. Olhei de cara e não gostei. Espontâneo.Nem parei para analisar nada, a história dela, quem ela canta, nada!. Aquele jeitinho de criança quero ser cult e intelectual não me convenceu. Na verdade não gosto de nada que tenta ser diferente para “não chamar a atenção” e acaba indo à contramão da proposta. Igualzinho ao grupo O Teatro Mágico (OTM), os palhaços lúdicos (que agora se chamam Clowns, é mole) e cantores, que usaram este artifício para se tornarem famosos. A tal bandeira da autenticidade. Só que neste caso as avessas. Malú e OTM reúnem tudo o que eu não gosto desde criança.

Márcia: Glut, Glut, Glut !!! Mila reforço o que você disse: Campari é insosso!!! Ave Maria!!! Quanto a Malú Magalhães.... Ouvi falar pouco dessa garota e também não gostei. A música dela, ela, a aparição espontânea na mídia, não desperta nada em mim, simplesmente não gosto. Cheguei até a olhar na internet e assisti uma aparição dela em Faustão, mas, como te disse, espontâneo como já dizia nosso amigo Pareyson na teoria da recepção estética. E mais, gosto se discute e não é igual a Cú, não. Pelo contrário, ele é compartilhado, uma sucessão de conceitos culturais que se cruzam ao longo da vida, e das experiências culturais das pessoas que passam em nossa vida.

Camila: Vá divagar ai viu Márcia, tá pensando que é água de coco é!!!!! Imagine se você gostasse de Campari.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pilobolus - Arte como expressão

Fonte:http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Pilobolus&btnG=Pesquisar+imagens&gbv=2&aq=f&oq=- Acesso em: 31/06/2009.



Márcia: Camile! Estava eu fazendo minha clipagem matinal e de repente, me deparo com o anúncio de uma companhia de dança americana de nome estranho, Pilobolus. Fiquei tão hipnotizada que recortei e fui pesquisar na Internet. Cada forma de pirar o cabeção. Pena que tô durissssimmmmaaa, se não fosse isso eu iria assistir este show de mágia. Pense que eles utilizam o corpo para expressar sentimentos, e aliado a técnicas chinesas criam imagens surpreendentes.


Disponível em: images.quebarato.com.br

Camila: É realmente fascinante. Olha Pareyson novamente. O artista procura expressar através da dança, que é a forma, os sentimentos: alegria, dor, parto, que são a força. Essa imagem mesmo é como se estivesse vendo um feto nascendo. O interessante da expressão é que ela causa impacto em quem vê. A forma como eles se equilibram, num amontoado harmônico é que torna o espetáculo surpreendente, sem que haja a necessidade de nenhuma fala.



Camila: É Márcia, a tal da formatividade. A arte como expressão. A recepção estética de Pareyson. O Pilobolus é uma mimeses, não como representação fiel da vida, mas, eles teem a capacidade de representar o mundo de uma outra forma: através da harmonia do corpo. Nesse espetáculo, o corpo fala.

Márcia: iuiuiuiii. O que é que tem dentro desse copo? Hummmm

Camila: 12 anos minha filha, dei o ninja no bar de meu pai. Para analisar Pilobolus, tem que ser algo sofisticado. O bicho é forte, mas com o tempo.... Você começa a apreciar e contemplar o uísque. E fica falando difícil assim. rsrssrsrhuhuahahahhhehehe

Filme Divã - Teoria da formatividade

Fonte:www.universodamulher.com.br


Márcia: Falando sério agora.


Camila: kkkkkkkkk, eu só falo sério. To com cara de intelectual com esse copo de uísque na mão?!!!!

Disponível em: aromadeluar.blogspot.com

Márcia: Toma juízo porra!!!, Sério.
O que é aquilo ali, no cantinho que vc está escondendo?!!! ÊÊÊÊÊÊ, me dá... Hummmm, licor de chocolate, uiuiuiui, de cachoeira hein danada.


Camila: Márcia, essa garrafa eu guardo desde o São João passado.


Márcia: Nada, vamos tomar. Esse é uma delíiiiiiiiiiiiiicia. Parece Nescau e eu sou chocólatra. Vamos aproveitar e brindar o filme nacional que assisti ontem.


Camila: Você foi assistir aquele filme Divã?


Márcia: Fui sim!


Camila: Menina!!! Quando eu fui assistir pensei que tinha aquele papo cabeça entre o psicanalista e paciente. Um papo Freudiano,que tudo é culpa da mãe. Tô bege!!! A sensação que eu tive era que o psicanalista fosse eu. Pense ai, eu e Lilia Cabral discutindo os dramas de uma mulher de classe média, casada e de meia idade!


Márcia: Isso é explicável, Mila! Como diria o nosso amigo Pareyson na teoria da formatividade, existem várias formas de formar a forma. Neste caso, em Divã, eles utilizaram um jogo de enquadramento para dar essa forma e você sair da sala de cinema, com essa sensação de seguidora de Freud. Mas não foi só isso! Tiveram outros aspectos como a música camaleõa de Caetano Veloso, que fala das mudanças e a personagem de Lílian Cabral passa por mudanças durante todo o filme. E o mais interessante é: não existe drama, ele trata de situações do cotidiano de uma mulher madura, de forma engraçada. Sai de lá com dor na barriga de tanto ri. Foi o filme todooooooooooooo!!! E a amiga de Mercedes, a personagem de Lílian Cabral, que também é conselheira e confidente dela. Que figura!!! Até na hora de morrer a mulher, interpretada por Alexandra Ritcher, faz comédia. Imagine você menina!!! Pedir para ser maquiadaaaaaa, no leito de morte! Parece loucura, mais ficou muito, mais muituuuuuuooooooooo engraçado. Tratou a morte de forma menos pesada.


Camila: Lembrei até de Juliana na hora. Os aspectos plásticos que ela falou tanto na aula estavam lá, na minha cara. Os cortes das imagens entre uma cena e outra, deixa que o expectador interprete as cenas, ao invés de deixar para o autor este trabalho “sujo”. Que deu um resultado bacana e diferente dos filmes em que o autor pensa por você.


Márcia: Rapaz!!! Tive a mesma sensação. Mas pena que nem todo mundo vai sentir o mesmo, por que a maioria fica só na fruição.