A minha relação com o conteúdo estudado nesta disciplina, foi diversificada. Em alguns momentos foi só fruição, em outros analisei a forma de formar, tinha também a questão do gosto. Esses conceitos passaram a fazer parte da minha cachaça. Ao avistar um outdoor, ou assitir um comercial de TV, ou qualquer outro tipo de publicidade, eu fazia e faço a leitura, baseado nestas teorias e lembrando sempre do grande companheiro do semestre "Pareyson". Até no cinema passei a analisar se determinado filme tinha ficado só na fruição, no gosto ou na formatividade. Foi importante levar a teoria para prática, desta forma conseguir uma visão mais criteriosa do mundo e da vida.
Camila França
Minha experiência com a estética começou muito antes de estudar a disciplina.... Outro dia fui a uma noite de queijos e vinhos, coisa de bacana, da Hight Society. Pensei, "vou me dar bem, comer queijo gorgonzola e tomar vinho "de grátis". Boba! Só eu pensava assim. Naquela euforia, aquela "chiquesa", eu, que só tinha tomado vinho São Jorge e Pérgola, começei a me espantar com as outras pessoas que estavam ali e a cada gole de vinho diziam: "humm, Carbernet Souvion", "Notas de pimentão e noz moscada". Putz! Pensei! Eu só conseguia sentir o cheiro do álcool. Tomava aquele vinho sem a menor pretenção de saber que uva, ou que nota de pimentão , açafrão ou qualquer ão tinha lá dentro.
Hoje sei que estava na fruição, tomando aquele vinho por tomar, desfrutando dele sem querer saber a forma. Ou um bom vinho, que tem toda uma tecné e é um conehcimento da forma de fazer que passa de geração em geração não pode ser considerado arte?
A estética acabou com meus momentos de fruição, de gozo e deleite, da recepção passiva. Pareyson, Monclar Valverde e todos os outros já são meu amigos e parceiros de análises de qualquer bem cultural.
Para você ver como a coisa é séria, recentemente comprei um DVD do filme "Quem quer ser um milionário", rapaz!, demorei uns dois meses para poder assistir o filme, tudo com o receio de me deixar levar pela fruição e não analisar o filme.
E isso, agora sou escrava da interpretação. Por isso, nada melhor que tomar um "mésis" como já dizia o trapalhão Mussum e encarar um filme, uma peça, enfim, tudo aquilo que tiver valor estético.